A ausência de indícios de recuperação na indústria de São Paulo, maior parque industrial do país, em fevereiro dificulta a retomada do setor no país. A avaliação partiu do economista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Rodrigo Lobo.
De 14 locais avaliados pelo instituto, 11 diminuíram a produção industrial ante janeiro. Na comparação com o mesmo período em 2015, houve queda em 12 de 15 locais. Na média, a produção nacional caiu 2,5% na comparação mensal e 9,8% no confronto anual.
Em São Paulo, cuja representa em torno de 35% da indústria nacional, a queda foi de 2,1% ante janeiro e de 12,3% ante fevereiro de 2015. O especialista comentou que, mais uma vez, a continuidade de recuos nas atividades de veículos automotores; máquinas e de equipamentos, e alimentos, levaram à retração na produção industrial da localidade em fevereiro.
Assim, o fato de o Estado não mostrar sinais claros de reação em fevereiro confere perspectivas negativas para o setor industrial. “Dificilmente veremos o Brasil com uma taxa positiva na produção industrial sem que este aumento também seja registrado em São Paulo”, comentou ele. “No geral, o quadro [da indústria brasileira] não parece bom”, reconheceu.
No primeiro bimestre do ano, a indústria paulista mostra retração de 14,2%. No acumulado em 12 meses até fevereiro, a produção industrial em São Paulo caiu 12%, mantendo assim trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2014, nesta comparação, informou o IBGE.
Indústria regional
Outras localidades com queda na atividade mais forte do que o recuo na média nacional foram Região Nordeste (-3,6%), Santa Catarina (-3,3%) e Ceará (-2,8%). Retrações expressivas também foram registradas em Pernambuco (-2,5%), Rio de Janeiro (-1,9%), Paraná (-1,6%), Rio Grande do Sul (-1,3%) e Minas Gerais (-0,7%).
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