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quinta-feira, 7 de abril de 2016

IBGE: Queda na produção de SP dificulta retomada da indústria nacional



A ausência de indícios de recuperação na indústria de São Paulo, maior parque industrial do país, em fevereiro dificulta a retomada do setor no país. A avaliação partiu do economista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Rodrigo Lobo. 
De 14 locais avaliados pelo instituto, 11 diminuíram a produção industrial ante janeiro. Na comparação com o mesmo período em 2015, houve queda em 12 de 15 locais. Na média, a produção nacional caiu 2,5% na comparação mensal e 9,8% no confronto anual.
Em São Paulo, cuja representa em torno de 35% da indústria nacional, a queda foi de 2,1% ante janeiro e de 12,3% ante fevereiro de 2015. O especialista comentou que, mais uma vez, a continuidade de recuos nas atividades de veículos automotores; máquinas e de equipamentos, e alimentos, levaram à retração na produção industrial da localidade em fevereiro.
O cenário atual de menor demanda interna, com expectativa em baixa dos empresários e rendareduzida dos consumidores, não estimula novos investimentos no setor, tampouco aumento na produção industrial paulista, que por ser muito diversificada acaba puxando a formação dosresultados da indústria geral, ressaltou ele.
Assim, o fato de o Estado não mostrar sinais claros de reação em fevereiro confere perspectivas negativas para o setor industrial. “Dificilmente veremos o Brasil com uma taxa positiva na produção industrial sem que este aumento também seja registrado em São Paulo”, comentou ele. “No geral, o quadro [da indústria brasileira] não parece bom”, reconheceu.
No primeiro bimestre do ano, a indústria paulista mostra retração de 14,2%. No acumulado em 12 meses até fevereiro, a produção industrial em São Paulo caiu 12%, mantendo assim trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2014, nesta comparação, informou o IBGE.
Indústria regional
Em fevereiro, as maiores quedas regionais foram registradas em Bahia (-7,9%) e Amazonas (-4,7%). O primeiro local eliminou parte do avanço de 8,5% acumulado nos meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016 e o segundo completa nove meses consecutivos de taxas negativas, quando teve perda de 26,7%.
Outras localidades com queda na atividade mais forte do que o recuo na média nacional foram Região Nordeste (-3,6%), Santa Catarina (-3,3%) e Ceará (-2,8%). Retrações expressivas também foram registradas em Pernambuco (-2,5%), Rio de Janeiro (-1,9%), Paraná (-1,6%), Rio Grande do Sul (-1,3%) e Minas Gerais (-0,7%).
Por outro lado, no campo positivo, ficaram as indústrias do Pará (6,2%), do Espírito Santo (5,3%) e de Goiás (4,1%). O primeiro acumula expansão de 13,4% em dois meses consecutivos decrescimento na produção, o segundo elimina parte da perda de 20,5% registrada entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, e o último voltou a crescer após decréscimo de 1,8% um mês antes.

Fonte :jornalfloripa.com.br

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