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terça-feira, 17 de maio de 2016

Sindicalistas não aceitam mudanças como o aumento da idade mínima para a aposentadoria.E vão discutir reforma da Previdência com o governo

 

O governo abriu negociação com as centrais sindicais, que não aceitam a criação de uma idade mínima para a aposentadoria dos trabalhadores. Os dois lados não concordam em muita coisa.
Esse encontro, pelo menos, teve o mérito de enfrentar o problema, porque a gente sabe que essa reforma é fundamental para conter o rombo da Previdência.
Essa conta não fecha há muito tempo e o problema vem se agravando com o aumento da expectativa de vida do brasileiro. As resistências são fortes, a CUT nem quis participar da reunião com o governo, mas quatro centrais sindicais aceitaram fazer parte de um grupo para apresentar uma proposta de reforma.

O governo do presidente em exercício Michel Temer agora tem duas mulheres em cargos importantes. Maria Sílvia Bastos Marques vai presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O BNDES é o principal financiador da indústria nacional, que empresta recursos para grandes obras e projetos de infraestrutura. A economista já foi diretora da Companhia Siderúrgica Nacional e do próprio BNDES e vai ser a primeira mulher a comandar o banco.
E bem no meio das inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, instituto responsável pelo exame, Inep, ganhou nova presidente. Vai ser a doutora em educação e pesquisadora da Unicamp Maria Inês Fini. Ela ajudou a criar e implementar o Enem quando foi diretora do instituto entre 1996 e 2002.
Os dois nomes são respeitados entre especialistas dos setores e também serviram como resposta às críticas que foram feitas à ausência de mulheres no ministério do presidente em exercício Michel Temer.  E outra indicação ainda pode sair nos próximos dias para a Secretaria de Cultura. O ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho, disse que o governo analisa pelo menos cinco indicações. Duas delas. de peso, são de mulheres.
Já as discussões sobre a reforma da previdência caminham, mas não tão bem. Pelo menos não com os sindicalistas que foram, na segunda-feira (16), ao Palácio do Planalto. Representantes de quatro centrais convidadas participaram da reunião e toparam criar um grupo de trabalho para discutir a reforma. Nesse primeiro encontro, ninguém falou em detalhes da proposta em estudo. Os sindicalistas saíram dizendo que topam discutir, mas não aceitam mudanças como o aumento da idade mínima para a aposentadoria, um item que é considerado essencial para ajudar a estancar o rombo nas contas da Previdência.
“Diálogo sempre é importante. Precisamos construir uma forma de solucionar os problemas do Brasil. Agora, temos muitas outras coisas aí. Tem alguns dizendo que não querem pagar o pato. Nós não queremos pagar a conta”, afirma Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros.
O deputado Paulinho, da Força Sindical, que apoia o governo em exercício, diz que só aceita discutir mudança de regra se for para os futuros trabalhadores, não para os atuais.
“A Previdência a gente discute desde 94. E desde 94 não se achou nenhuma solução até hoje. Direitos adquiridos não podem ser mexidos, nós não aceitaremos nenhuma condição que tire direito de quem está no mercado de trabalho, ou seja, quem está no sistema tem que ser mantido exatamente como é”, declara o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical e do Solidariedade.
O déficit da Previdência este ano deve chegar a R$ 133 bilhões. Sem reforma, o sistema está ficando insustentável.

Fonte:g1.com

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